Boreal Café

Na entrevista que Moda Brasil + Design fez com Eloíze Navalon, coordenadora do curso de Design de Moda da UAM, Eloize falou um pouco de sua pesquisa, entitulada " Design de Moda: Interconexão Metodológica" e sobre o que chama de designer anônimo. Em contraponto com o designer autoral, que é aquele que cria para sua própria grife e recebe crédito por isso, o designer anônimo também é um criador, mas faz parte de uma equipe de uma empresa, e assim deve seguir parâmetros estipulados por aquela empresa nas coleções que elabora. O fato de ser um designer que não assina seu próprio nome não está ligado a criar ou copiar produtos. Designer cria! A inovação é possível e é meta destes designers assim como dos autorais. Porém eles devem, além de criar, atender as exigências das empresas que representam, o que talvez torne suas funções até mais trabalhosas. Eloíze usa as marcas Osklen e Zara como exemplo. Na primeira, a preocupação com o inovador é presente e constante, não só

No texto " Designer Não é Personal Trainer ", Adélia Borges nos fala sobre como o termo design está banalizado atualmente, como é importante saber exatamente o que design significa e como o design é de suma importância para o sucesso de um produto ou crescimento de uma empresa. Fazer design significa projetar. Não é apenas pensar o exterior de um objeto, mas toda sua criação - que materiais usar, o que e quem o objeto procura atender, como o objeto funciona, se é vendável, e também o seu exterior. Ela nos menciona Moema Cavalcanti ( designer de capas -> projetista de capas -> capista!), que não sabe desenhar, mas é uma grande designer . Assim reafirma que o trabalho do designer está mais em pensar o objeto, passo a passo, todas suas etapas, do que simplesmente desenhá-lo belo. O desenho não é o todo. É apenas uma pequena parte do grande trabalho do designer . Abaixo, alguns trabalhos de Moema Cavalcanti, que já assinou mais de mil capas e com elas sempre "

Para o lançamento de sua coleção Outono/Inverno 2009, Gareth Pugh, em união com a cineasta Ruth Hogben, criou um vídeo com clima futurista ao invés de apresentar um desfile na Semana de Moda de Paris, em março deste ano. No vídeo, a modelo encarna uma mulher rija, com gestos firmes, fortes. Uma espécie de guerreira. Sobre isto, Gareth diz: "Adoro a maneira como uma bailarina flamenca se faz simultaneamente feminina e masculina, como uma espécie de uma feminilidade dura". Em contraponto à rigidez de sua mulher, apresenta-se a coleção, completamente fluida, leve, transparente, com mobilidade. Unindo tudo com a trilha sonora e os efeitos gráficos plasmáticos, percebemos que o vento é o grande Senhor desta coleção. Abaixo, assista o vídeo da coleção disponibilizado no You Tube.